Novo Prisma Automático: dados de consumo e desempenho
Desde que a Chevrolet do Brasil anunciou a chegada do câmbio automático de seis marchas aos seus modelos compactos Onix e Prisma,
a questão que ficou para ser respondida era se o motor SPE/4 1.4L de
106 cavalos e torque máximo de 13,9 kgfm @ 4.800 rpm seria adequado para
um carro com 1.079 Kg de peso com transmissão automática.
A própria Chevrolet do Brasil, no âmbito do lançamento do Cobalt automático - carro
que compartilha a mesma plataforma e conjunto mecânico do Prisma -,
optou por equipar a versão automática com um motor 1.8, com 108 cavalos
de potência e torque máximo de 17,1 kgfm @ 3.200 rpm - o que autorizava
as preocupações relativas à limitação do motor 1.4 quando associado com
um câmbio automático na plataforma GSM da GM.
A primeira avaliação que foi feita do Prisma Automático foi o iG Carros, onde a equipe de testes apontou que o torque de 13,9 kgfm a 4.800 rpm "é
pouco para impulsionar com vigor tanto o hatch como o sedã", fazendo
com que, "ao pisar fundo para realizar uma ultrapassagem ou então uma
arrancada, o motor ronca alto e a resposta é demorada, deixando a
impressão que o carro é "amarrado”, pois falta torque".
Essa primeira avaliação, portanto, acabou corroborando as preocupações
iniciais de que o motor 1.4L seria insuficiente para impulsionar o
Prisma com câmbio automático. Agora, porém, o CARPLACE publicou seus números de desempenho e consumo do Prisma LTZ, onde se verifica que
o Prisma 1.4 LTZ Automático é 8,1% mais lento que o LTZ 1.4 Mecânico na
aceleração de 0 a 100 Km/h. Além disso, ele ficou 5,2% mais gastão em
cidade.
Desempenho - Prisma Manual x Automático x Civic 2.0 AT x HB20 1.6 Manual
Para facilitar a comparação, colocamos os dados do CARPLACE relativos aos testes do Prisma LTZ 1.4 MT e AT, junto com Honda Civic EXR 2.0 AT e Hyundai HB20 1.6 MT.
O gráfico acima mostra que, entre os modelos automáticos, o Honda Civic
2.0 EXR é o que apresenta a melhor performance, tanto no que respeita a
aceleração de 0 a 100 Km/h quanto à retomada de velocidade de 80 a 120
Km/h. É um resultado esperado, dada a superioridade do motor 2.0 do
Civic frente ao 1.4 do Prisma e ao 1.8 do Cobalt.
Além disso, fica patente que há uma evolução na conjunto 1.4 da GM,
visto que os números de performance do Onix LTZ 1.4 são pouco inferiores
aos mostrados pelo Cobalt 1.8 LTZ automático - carro, como mostrado
abaixo, consome 23% mais combustível em ciclo urbano.
Consumo - Prisma Manual x Automático x Civic 2.0 AT x HB20 1.6 Manual
Se em termos de performance a superioridade do Honda Civic 2.0 AT é esperada, o mesmo não se pode dizer do consumo, e é aí que temos a surpresa trazida pelos números, com o sedã médio japonês sendo mais econômico que o sedã compacto norte-americano! Os números plotados no gráfico acima, todas medições do CARPLACE, e, portanto, comparáveis, mostram que o Civic 2.0 AT mais econômico em cidade que o Prisma LT 1.4 Automático e que o Cobalt 1.8 Automático).
Conclusão
No âmbito dos produtos da GM, o que transparece dessas avaliações
iniciais do Prisma 1.4 com o câmbio automático de seis marchas é que foi
acertada a decisão da GM em usar a unidade 1.4, já que o motor 1.8,
apesar de mais forte, cobra um preço [muito] elevado em termos de
consumo de combustível, como fica evidente nos números do Cobalt.
Além disso, os aperfeiçoamentos aplicados pela GM no seu câmbio de seis
marchas - que ficou mais rápido nas trocas de marchas - permitiram ao
Prisma apresentar um nível de desempenho pouco inferior ao seu irmão
Cobalt 1.8 - que consome bem mais, porém.
Por fim, é preciso ressaltar que apesar desse pequeno "avanço" da GM
dentro de sua linha de produtos, seu conjunto mecânico deixa muito a
desejar quando comparado com unidades de projeto mais moderno. O Honda Civic 2.0 Automático é bem mais pesado, e usa um motor bem maior que o Prisma 1.4. O resultado é o que o sedã médio da Honda é mais rápído e mais econômico que o sedã compacto da GM.
Dados de consumo e desempenho: CARPLACE
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