CR-V e RAV-4 perpetuam embate com novidades

Honda CR-V e Toyota RAV-4 mudam para se manter como referência no mercado de utilitários médios

 


Toyota RAV4 x Honda CR-V: na linha 2013, CR-V recebeu propulsor bicombustível


Toyota RAV4 x Honda CR-V: na linha 2013, CR-V recebeu propulsor bicombustível

 

 Toyota RAV4 x Honda CR-V: na linha 2013, CR-V recebeu propulsor bicombustível
 Toyota RAV4 x Honda CR-V: na linha 2013, CR-V recebeu propulsor bicombustível

Se entre os sedãs médios, Honda e Toyota consagraram sua disputa com Civic e Corolla, no mercado de utilitários, a briga não é muito diferente. CR-V e RAV-4 já travam uma batalha há mais de uma década no mercado brasileiro. Neste ano, no entanto, a briga ganhou um novo capítulo: CR-V entrou na linha 2013 com motorização bicombustível e o RAV-4 foi reformulado.

Avaliados em suas versões de entrada com motor de 2,0 litros, tração dianteira e câmbio automático, o CR-V LX custa R$ 98.900, enquanto o RAV-4 sai por R$ 96.900. O fato de ser mais barato não dá vantagem ao Toyota nas vendas. De acordo com a tabela da Fenabrave, o Honda responde pelo dobro no volume médio mensal de unidades comercializadas (cerca de 370 modelos) em 2013. 

RAV-4 ganha em desempenho; CR-V se destaca pela funcionalidade

O alcance do torque máximo de 19,1 mkgf aos 3.600 giros dá a vantagem ao RAV-4 com mais força em baixa velocidade, o que resulta em um melhor desempenho na saída. Apesar de ter 19,5 mkgf de torque, o CR-V perde agilidade pelo fato de esta força ser atingida apenas quando o conta-giros marca 4.800 rotações. Para minimizar este efeito, o motorista pode fazer uso da primeira e segunda marchas, escalonadas na caixa de velocidades.

O RAV-4 conta com transmissão continuamente variável (CVT), programada para simular sete velocidades. O CR-V aposta em uma caixa automática tradicional, com cinco marchas. No ano passado, o CR-V também passou a ser equipado com a tecnologia ECON que, acionada por meio de um botão no painel, gerencia o funcionamento do acelerador e do ar-condicionado, entre outros, para um consumo mais baixo de combustível.

A tecnologia flex ainda não chegou ao utilitário da Toyota, o que lhe deixa apenas em desvantagem na possibilidade de escolha de combustível, já que os 10 cv de potência a mais do CR-V não oferecem um ganho significativo no desempenho do modelo. Abastecido com gasolina, o RAV-4 chega aos 145 cv de potência; o CR-V gera 150 cv (g) e 155 cv (a).

No trânsito, os passageiros agradecem o baixo nível de ruído na cabine, o amplo espaço para pernas no banco de trás - graças à superfície plana do assoalho, sem túnel de transmissão - e o conjunto da suspensão bem ajustado, o que proporciona uma condução totalmente voltada para o conforto. O mesmo vale para o motorista, que encontra com facilidade uma boa posição para dirigir e comandos do veículo na direção e bem localizados no painel.

Na estrada, a vocação familiar bate de frente com quem espera uma tocada mais esportiva, uma vez que a relação peso (1.965 kg para o CR-V e 2.050 kg para o RAV-4) versus cilindrada do motor não permite muita audácia por parte do condutor. Nada que tire o mérito dos modelos, uma vez que o objetivo não é levar com rapidez, mas, sim, com comodidade.

Graças a uma alça embaixo do assento traseiro e a uma alavanca no porta-malas, o que permite que o rebatimento dos bancos possa ser feito com uma mão só, o CR-V é mais prático quando se fala em versatilidade da cabine. Além disso, oferece mais espaço no bagageiro. São 589 l contra 476 litros do RAV-4. A menor capacidade do Toyota pode ser explicada pela enorme caixa que encobre o estepe que, após a reformulação, passou a vir dentro do carro.

Escolha de Anelisa Lopes - a Toyota fala em nova geração para o modelo, mas a impressão que se tem após entrar na cabine do RAV-4 é que ele permanece com soluções datadas, como o sistema de som, ou os botões fantasmas que são comandos nas versões mais caras. A justificativa para isso se dá pelo fato de a plataforma não ter mudado. Sem dúvida, o SUV ficou mais atraente com as modificações externas, que o credenciaram com a nova identidade mundial da montadora de origem japonesa, mas o recheio ainda continua na terceira geração.

O CR-V sai na frente por ter motorização flex, sistema que controla o consumo de combustível e câmera traseira para estacionamento. Pelo porte, conta com a posição para dirigir e espaço de um SUV (tem 113 litros a mais de espaço no bagageiro em comparação ao RAV-4), mas se comporta como um carro de passeio. De uma forma geral, o projeto está à frente do rival. Vale lembrar, no entanto, que sua importação do México deveria ser um fator que favorecesse seu preço, uma vez que o rival vem do Japão. Portanto, a diferença de R$ 2.000 em relação ao RAV-4 renovado poderá pesar contra, a longo prazo.


fonte:icarros

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